sexta-feira, 21 de julho de 2017

Rocar sempre!

Por FERNANDO MELO
(Dedico este artigo ao Mestre Genildo Gomes)

Devo ter jogado ao longo da vida um milhão de partidas, e dessas, 999 mil  efetuei o roque! Trata-se de uma força de expressão, mas seria mais ou menos assim mesmo. Quando acontece de não rocar, o que é mesmo raro, fica faltando alguma coisa.

Estive revendo agora o match de Fischer - Petrosian - Final de Candidatos 1971 - Buenos Aires. Foram nove partidas. Fischer rocou em oito partidas e apenas na segunda partida ele não rocou, e foi a única que ele perdeu! Sei não, visse! Achei foi pouco! Devia ter rocado, né seu Bobby!?

Tenho dois amigos que são teimosos nesse particular: Alexandre Cesar e Genildo Gomes. Eles usam e abusam da sorte, não rocando. Já falei tanto om eles, mas não tem jeito. E sabe o que acontece na prática: perdem a maioria das partidas em que não rocam.

Sabemos todos que quando se roca se deixa o rei protegido e se conecta as duas torres.  Mas quando não se roca... Meu Deus do Céu! Meu Jesusinho! 

Vejam essa partida que joguei contra um amigo do Vietnam, pela internet. Foi castigado por não ter rocado e também por jogar mal. Não quero dizer que toda vez que você não rocar, você vai perder. Não é isso. Mas ...!

Melo x Noutnoc
1.f4 b6 2.d4 Bb7 3.e3 Cf6 4.Cf3 d5 5.Bb5+ c6 6.Bd3 Ce4 7.0-0 Cd7 8.c3 f5 9.Cbd2 Cdf6 10.Bb1 e6 11.Ce4 Ce4 12,Bd2 h6 13,Be1 Be7 14.Ce5 g5? 15.Dh5+ (1-0) 

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