quarta-feira, 10 de maio de 2017

O cavalo de Bobby Fischer!

Fischer doma o Tornado! 
Por FERNANDO MELO

Quero acreditar que a abertura Rui Lopes é a mais estudada no universo caissiano, mais do que a defesa Siciliana. É o que penso, mesmo porque esta é bem mais nova do que aquela. 

Ontem, no meu laboratório, descobri uma partida que Fischer jogou no malogrado Interzonal de Sousse, Tunez, 1967, contra o GM húngaro Laszlo Barczay . É uma aula de xadrez bem ao estilo fischeriano.

 O lance 11.Ch4!? contraria muitos tratados de aberturas, que considera esse salto de cavalo inferior. Mas esse não é um cavalo qualquer, é um Tornado puro sangue! ! A ousadia desse lance é típico em Fischer, fruto de estudos caseiros. Ele fez consciente. Pena que Barczay não aceitou o sacrifício do peão de e4 , para sabermos como Fischer iria reagir!

Mas devemos agora nos concentrar a apreciar essa partida, com apenas 24 lances, mas  que é muito interessante por conta do lance de número 11, que me referi acima.

Fischer - Barczay
Rui Lopes (C95)
In. Sousse, 1967

1.e4 e5 2.Cf3 Cc6 3.Bb5 a6 4.Ba4 Cf6 5.0-0 Be7 6.Te1 b5 7.Bb3 d6 8.c3 0-0 9.h3 Cb8 10.d4 Cbd7 11.Ch4 ed 12.cd Cb6 13.Cf3 d5 14.e5 Ce4 15.Cbd2 Cd2 16.Bd2 Bf5 17.Bc2 Bc2 18.Dc2 Tc8 19.b3 Cd7 20.e6 fe 21.Te6 c5 22.Ba5 Da5 23.Te7 Dd8 24.Cg5 e as negras abandonaram. Se 24. ...Cf6 25.Tg7+, etc. E se 24. ...g6, igualmente 25.Tg7+, etc. 

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