quarta-feira, 17 de maio de 2017

Bobby desmonta a Najdorf!

Por FERNANDO MELO

Tem coisas que não faço mas que deveria fazer, mas insisto em não fazer. Uma delas é jogar a Defesa Siciliana.  No passado eu costumava jogar a Francesa e de tanto perder terminei desistindo. Depois veio a Pirc e ela foi ficando, ficando, e continua até hoje. Sei que Bobby Fischer gosta muito da Siciliana, tanto de negras  como de brancas. Uma de suas partidas mais famosas é quando ele enfrentou o criador da Variante Najdorf, isso mesmo , próprio Miguel Najdorf o embate histórico entre o criador e a criatura, 

Esse é um tema que os poetas gostam muito de se inspirar. Vejamos o que diz Cora Coralina: "Melhor do que a criatura, fez o criador a criação. A criatura é limitada. O tempo, o espaço. normas e costumes. Erros e acertos. A criação é ilimitada. Excede o tempo e o meio. Projeta-se no cosmos."

No xadrez, a verdade de Cora Coralina é contrariada na partida que vamos ver abaixo, jogada na Olimpíada de Varna 1962, entre  Bobby Fischer e Miguel Najdorf.

Fischer - Najdorf

Siciliana - Var. Najdorf


1.e4 c5 2.Cf3 d6 3.d4 cd 4.Cd4 Cf6 5.Cc3 a6 6.h3 b5 7.Cd5 Bb7 8.Cf6 gf 9.c4 bc 10.Bc4 Be4 11.0-0 d5 12.Te1 (Veja diagrama) e5 13.Da4+ Cd7 14.Te4 de 15.Cf5 Bc5 16.Cg7+ Re7 17.Cf5+ Re8 18.Be3 Be3 19.f3 Db6 20.Td1 Ta7 21.Td6 Dd8 22.Db3 Dc7 23.Bf7+ Rd8 24.Be6 e as negras abandonam. 

2 comentários:

  1. Tive a oportunidade de montar essa partida no tabuleiro pelo seu livro, o sacrificio de Torre era algo que eu faria intuitivamente naquela posição, porém sem o cálculo longiquo utilizado nessa partida.

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  2. Como jogava esse Fischer, barbaridade! Najdorf deve ter errado até o caminho de casa depois dessa!

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