quinta-feira, 31 de maio de 2012

Xadrez é profissão?

Para Gelfand, xadrez já é profissão em Israel
Este assunto é sério. Muito sério. Pediria a atenção dos leitores e, se possível, emitam suas opiniões sobre esse tema que reputo da maior importância. Levanto essa questão baseado num trecho de entrevista concedida ontem por Boris Gelfand, logo após o término do Mundial 2012, quando ele perdeu para o atual campeão, Viswanhatan Anand.
"Existem muito jovens talentosos, mas as pessoas andam dizendo que ´não é uma profissão, é apenas um desperdício de tempo, você deve conseguir outro emprego`. Como resultado perdeu-se muitas gerações de bons jogadores". Gelfand lembra que em Israel existem muito jogadores profissionais. "Eu espero que centenas de milhares de crianças irão aprender a jogar xadrez e vamos ver os torneios de topo de nosso país e como profissão, o xadrez será capaz de existir em Israel".
Sem mais delongas, pois o tema é vasto,  você acredita que um jovem talentoso no Brasil possa pensar em sobreviver só com o xadrez? Vamos mais diretamente: você investiria em seu filho se sentisse que ele tem talento para se tornar um grande jogador, tornando-o profissional?
Quem não quiser escrever, pelo menos pense nessa questão. Xadrez no Brasil é profissão ou não?


9 comentários:

  1. "Se no Brasil, xadrez é profissão ou não", não dá sequer para pensar pois acho muito abstrato. . .

    Quanto a investir em meu filho (vou mais além: um sobrinho, um familiar, um amigo, etc), ah! se Deus me desse (de novo) essa oportunidade que eu deixei passar (por mim e para mim) por longos e importantes 60 anos.! ! !

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  2. Profissão sim!!! Qualquer atividade "lícita" que um cidadão exerce de carater permantente e professe como modo de vida... é profissão sim!!! E quanto mais o xadrez.... 'que é muita arte ... que é muito jogo... muita ciência...' e tem algo que deixa o ser tão envolvido e encantado como se ouvisse uma boa música. Você nada, você surfa, você skate, você corre, você pula, você baila, você penteia, você pinta.... você faz tudo o que você quer.... É uma profissão sim!!!.... Agora se você vai ganhar muit dinheiro e/ou enricar facilmente... ai é outra história.... Ai o caminho é para os talentosos.... os mestres....

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    1. Concordo plenamente com tudo oque o senhor comentou, parabéns, viva o xadrez, viva essa arte que é o melhor elixir para os nossos neurônios e que nos traz prazer e realização intelectual. Abraços, e o senhor tem algum blog de xadrez por acaso....

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  3. Mestre Fernando
    Existem duas vertentes para analise sobre esta questão: 1) Investir num filho talentoso para tornasse um profissional no xadrez, hoje, no Brasil isso não existe (por falta de patrocinadores). 2) O profissional do xadrez não necessariamente precisa ser um bom jogador pode escolher outra área de atuação, mas, e que hoje em dia no Brasil ainda esta engatiando.
    Um grande passo para mudar toda essa situação atual será quando as Faculdades de educação física incluir em sua grade curricular a cadeira xadrez. Assim sendo, futuramente, irá existir um profissional do xadrez na área educacional.
    Existe um projeto no MEC que inclui o xadrez entre as matérias obrigatórias na grade curricular no ensino fundamental e no ensino médio. Quando esse projeto for implantado irão surgir muitos alunos talentosos massificando o xadrez, consequentemente, atraindo o interesse de grandes patrocinadores.
    Se o seu filho é talentoso e realmente gosta do xadrez, o investimento nele passaria há ter essas duas vertentes: um grande jogador internacional (aonde os ganhos chega a cifras milionárias) ou um bom professor nas escolas e/ou faculdades de educação física com boas renumerações.

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  4. Jamais! Digo isto com pesar, afinal sou um aficcionado pelo xadrez.

    Se a criança demonstrar ter talento para o xadrez, eu incentivaria como desenvolvimento do raciocínio, etc. Mas se dedicar integralmente a uma atividade pouco reconhecida (infelizmente) o faria "comer o pão que o diabo amassou" no futuro, falta de patrocínio, dificuldades financeiras, etc.

    Mesmo em se tratando de gênios infantis, creio que a história já demonstrou o perigo de se deixar a criança obcecada por uma única atividade, vide a biografia de Bobby Fischer (declínio psicológico), Wolfgang Amadeus Mozart (gênio infantil, vida adulta conturbada, morreu jovem e sepultado como indigente), Ludwig van Beethoven (depressão e isolamento na vida adulta, quase chegou ao suicídio) e tantos outros.

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  5. Toda atividade remunerada pode ser considerada profissão. Tenho visto, porém, uma grande quantidade de excelentes jogadores pelo Brasil afora que ganham dinheiro jogando xadrez, mas a maioria não consegue ter rendimentos que lhe garantam um bom futuro. Via de regra, o talento vai perdendo força com a idade e quando esse futuro chegar, o jogador deverá ter construído um patrimônio razoável pra garantir uma aposentadoria tranquila, senão vai passar privações no final da carreira. Se qualquer um dos meus filhos me fizerem essa pergunta, mesmo que tenha talento, vou lhe dizer pra arrumar o pé de meia fora do xadrez, e quando tiver garantido o sustento, investir no jogo.

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  6. Acho que o xadrez no Brasil ainda é muito pequeno pra se sonhar em ter um filho enxadrista profissional. Como um profissional do xadrez ganharia a vida? Dando aulas, cursos, entrevistas, comentando torneios, escrevendo para a mídia, arbitrando, premiações, patrocínios... Existem muitas formas possíveis, mas tudo depende de um mercado consumidor. O xadrez nas escolas possivelmente aumentaria esse mercado, pois aumenta o número de pessoas que gostam, e futuramente possam "consumir" o xadrez dos profissionais. Entretanto faltam professores titulados, pois como em qualquer área é necessário qualificação para se obter resultados.

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  7. Acho que Fernando se referiu mais ao Xadrez como esporte de rendimento, nesse caso, no Brasil, pelo que acompanho, ninguém ainda enricou jogando xadrez, temos 11 GM´s e se fossem viver apenas do xadrez, talvez conseguiriam, mas ganhariam o básico para manter a família ainda dependendo de patrocínios. Portanto se vc for rico por natureza vale a pena, se não é melhor procurar outra ocupação paralela.

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  8. Ok estou um pouco atrasado para dar uma opinião 2016.. li as varias considerações, no entanto, só tenho isso a dizer: eu adoro xadrez e estou investindo no meu filho, e afirmo pra ele, que ele pode viver sim de xadrez. quanto a questão de ser um gênio, isso não é pra min uma condição "sine qua non". gênios nascem, gênios se criam, gênios se fazem, eu acredito no potencial do ser humano incondicionalmente...quanto ao meu filho..ele tem só nove anos..por enquanto joga simultaneamente contra dois jogadores de sua idade mais dois computadores nível básico e mais um ultimo que no caso sou eu, mas as cegas... Ok isso é só um pequeno exercício...a minha metodologia é muito simples eu a chamo de "the theory of no theory.

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