Passagem ainda sobre o início dos anos 50: O jovem enxadrista [Fischer] competia com regularidade nos torneios em Nova Iorque e começou a visitar o Manhattan Chess Club. É possível fazer um julgamento sobre o seu caráter e postura em relação ao jogo a partir de um episódio descrito no livro de Frank Brady Perfil de um Prodígio: "A primeira vez que vi Fischer foi no início dos anos 50. O centro das atenções era um garoto de uns dez anos que enfrentava um dos jogadores mais fortes do clube. Os espectadores, também experientes jogadores, toda hora faziam algum tipo de comentário e sugeriam seus lances. Lembro-me bem, quando esse garoto que vestia jeans e camiseta, exigiu em voz alta: 'Por favor! Isso é uma partida de xadrez! Aqui se joga xadrez' E os 'comentaristas' grisalhos obedientemente se calaram." Dá para ver que desde então Fischer exigia silêncio na sala de jogo! Ele não gostava de "diz-que-diz" nem mesmo durante as partidas relâmpago. A razão é simples. Quando estava no auge da fama, perguntaram a Bobby o que era preciso para a máxima penetração nos segredos do xadrez e ele respondeu: "Concentração máxima e amor ao jogo".
(Reedição da série de postagens 'Bobby Fischer: uma vida em 30 dias', publicada neste blog em 2015, com base em extratos do Vol. 4 do livro 'Meus Grandes Predecessores' de Garry Kasparov - Ed. Solis)
(Reedição da série de postagens 'Bobby Fischer: uma vida em 30 dias', publicada neste blog em 2015, com base em extratos do Vol. 4 do livro 'Meus Grandes Predecessores' de Garry Kasparov - Ed. Solis)
muito bom
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