Embora 13 Grandes Mestres estivessem jogando no Torneio Interzonal em Portoroz (agosto-setembro de 1958), [Fischer] declarou que não tinha dúvida de que se classificaria para o Torneio de Candidatos. A prescrição era simples: "Serei sempre capaz de fisgar cinco 'peixes', os quais derrotarei, e com os demais eu empato." "E se você perder uma partida?" "Bem, então eu terei que fisgar o sexto 'peixe'."
Essa declaração foi tomada como uma bravata, mas Bobby mostrou que não eram somente palavras vazias. Ele de fato abateu todos os lanternas e terminou no desejado grupo dos seis primeiros: 1. Tal - 13(1/2) pontos em 20; 2. Glicoric - 13; 3-4. Benko e Petrosian - 12(1/2); 5-6. Fischer (+6-2=12) e Olafsson - 12; 7-11. Averbakh, Bronstein, Matanovic, Pachman e Szabo - 11(1/2) etc. Como resultado, o norte-americano de 15 anos se transformou não somente no mais jovem candidato à coroa do xadrez, mas também no Grande Mestre mais jovem da história! [grifo do RC].
Ao final dessa passagem sobre Portoroz, diz o autor: A estreia de Fischer na arena internacional criou um furor. "Na batalha sobre o tabuleiro este jovem, quase ainda uma criança, mostrou ser um lutador completamente maduro, demonstrando surpreendente autocontrole, cálculo preciso e engenhosidade diabólica. Eu fiquei particularmente abismado não apenas por seu enorme conhecimento de aberturas, mas por sua busca por novos caminhos em todo o lugar. No jogo de Fischer um enorme talento era notável, e ademais se podia sentir uma enorme quantidade de trabalho em estudo de xadrez" (Averbakh)
(Reedição da série de postagens 'Bobby Fischer: uma vida em 30 dias', publicada neste blog em 2015, com base em extratos do Vol. 4 do livro 'Meus Grandes Predecessores' de Garry Kasparov - Ed. Solis)
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