Quem é o melhor
enxadrista brasileiro da atualidade? Poderíamos até dizer, não sem
razão, que seria Krikor Mekhitarian, por sua conquista do Campeonato
Brasileiro, mês passado, quando superou o favorito Rafael Leitão.
Porém, se considerarmos um horizonte mais dilatado, não há como
negar que Leitão é mesmo o maior expoente do momento no xadrez
nacional. E sendo assim, quando ele fala, convém que o escutemos com
atenção.
Hoje lemos seus comentários sobre a referida Final do
Brasileiro, publicados no seu blog pessoal, em 18 de janeiro, e
podemos perceber no texto posições firmes e um tanto controversas do
hexacampeão nacional! Ele aborda sua campanha irregular, faz
análises breves sobre lances cruciais de algumas partidas, elogia o
desempenho dos adversários mais diretos - Krikor e Evandro Barbosa,
festeja a performance de Ernani Choma e reflete sobre o xadrez de
Yago Santiago! E no alto de sua posição de número 1 do Brasil,
Leitão afia a pena para fazer algumas considerações sobre a data e a
estrutura fornecida para a Final, além de criticar o episódio da última rodada, quando não houve a partida entre
Teixeira contra Krikor, que influenciou diretamente o resultado do
Campeonato.
Outrossim, dentre as
opiniões vigorosas de Leitão, destacamos uma passagem que merece
nossa maior atenção. Disse ele: "... por mais que pretendamos
socializar o nosso jogo e oferecer chances para enxadristas de todo o
Brasil, tenho sérias dúvidas se o sistema de duas semifinais é o
mais adequado para a escolha dos participantes. Temos que nos lembrar
que a função principal da competição é definir o melhor jogador
do país e oferecer chances de normas para os não titulados –
ambas as condições acabam prejudicadas no formato atual."
Bom, ao menos, ele se
colocou em posição de dúvida sobre essa matéria! Afinal, a sua
conclusão, ainda que verdadeira, ampara-se numa premissa que
nos parece questionável. De fato, o Campeonato Brasileiro de Xadrez
carece de propiciar, de algum modo, o embate entre boa parte dos
melhores jogadores do país. Mas, por outro lado, soa-nos correta a
política da CBX de estimular a participação de jogadores da parte Norte
na Final, por meio da Semifinal 2, ainda que exista maior
concentração de titulados mais expressivos na porção Sul do país.
Como conciliar essa equação? Talvez tenha sido essa a maior
intenção de Leitão: trazer à tona essa reflexão, de sorte que, a
despeito das limitações financeiras, estimulemos a participação
dos grandes nomes do nosso jogo na mais importante competição do
Brasil, sem desconstruir a possibilidade de que bons enxadristas de
todas as regiões também possam pleitear chegar a uma Final e, quem
sabe crescer no xadrez, como o próprio maranhense Rafael Leitão!
P.S: Para ler o texto
completo de Rafael Leitão, clique aqui.
Já que o "problema" é as duas semifinais, então que façam uma, mas aqui no nordeste. srrsrsrsrsrsrsr
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