quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

VII Memorial Bobby Fischer - Faltam 16 dias!

O forte torneio realizado em setembro [1961] em Bled [na antiga Iuguslávia] – na época foi até denominado o “torneio do século” – mostrou que, apesar das perdas moral e financeira do escândalo do match com Reshevsky, no aspecto técnico Fischer desenvolveu-se tremendamente e tornou-se mais calejado. A experiência de sua batalha com o veterano do mundo do xadrez [Reshevsky] não tinha preço, e isso foi sentido em Bled, e depois no torneio Interzonal em Estocolmo, pelos ilustres Grandes Mestres soviéticos.
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No início do torneio de Bled, Fischer e Glicoric empataram, mas criaram uma verdadeira obra-prima. “ A harmonia de movimento nessa partida, onde cada lance lembra um pas de deux de um balé, a transforma em um espetáculo estético estupendo.” (Evans) [link para o Chessgames]
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No dia seguinte o americano derrotou o jovem ex-Campeão Mundial [Tal]. Essa partida é unilateral, é claro, mas é significativa por ser a primeira vitória de Fischer sobre Mikhail Tal após marcar 0-4 nas partidas anteriores. (...) “Finalmente ele não me escapou”, exclamou o feliz Bobby após a partida.
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Apesar do esplêndido jogo de Fischer, seu total de pontos foi mais modesto do que se poderia esperar. Ele foi o único jogador a não sofrer uma única derrota, mas o número de empates – onze! – provavelmente surpreendeu até a ele próprio: 1. Tal – 14(1/2) pontos em 19; 2. Fischer – 13(1/2); 3-5. Glicoric, Keres e Petrosian – 12 (1/2); 6-7. Geller e Trifunovic – 10(1/2) etc.

“Mas basta do enxadrista Fischer”, podemos dizer, seguindo Petrosian. “O jovem campeão norte-americano adquiriu uma nova paixão: cantar. Nas noites no cassino, acompanhado por uma banda de jazz, Fischer cantava algumas canções populares modernas. O Grande Mestre tinha um alto conceito de sua voz, com o qual, entretanto, poucos dos ouvintes concordavam. Ele realmente era muito melhor jogando xadrez...”

(Reedição da série de postagens 'Bobby Fischer: uma vida em 30 dias', publicada neste blog em 2015, com base em extratos do Vol. 4 do livro 'Meus Grandes Predecessores' de Garry Kasparov - Ed. Solis)

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