Demonstrando uma maestria madura à frente da sua idade e uma impetuosa sede de vitória, em janeiro de 1958, o talentoso garoto venceu sensacionalmente o Campeonato dos EUA: 1. Fischer - 10 (1/2) pontos em 13 (+8=5!); 2. Reshevsky - 9(1/2); 3. Sherwin - 9; 4. Lombardy - 7(1/2); 5. Berliner - 7 etc.
"A vitória de Fischer foi simplesmente impressionante", proclamou a Chess Review. "Contra competidores formidáveis, liderados por Reshevsky, ele se tornou Campeão dos Estados Unidos, dando dessa forma um salto único de amador a Grande Mestre - provavelmente não um Grande Mestre de direito, mas um Grande Mestre de fato."
Aparentemente, foi assim também que Bobby avaliou a sua conquista, pois quando soube que lhe tinha sido outorgado o título de Mestre Internacional, disse em tom ofendido: "Podiam dar logo o de Grande Mestre..."
Assim foi como a longa hegemonia de Reshevsky chegou ao fim. Certamente ninguém teria acreditado nisso naquela época em particular, mas Reshevsky nunca mais foi capaz de contestar a liderança de Fischer nos campeonatos nacionais.
A natureza sensacional do resultado de Fischer foi intensificada pelo fato de que esse torneio era um evento classificatório para o Torneio Interzonal, e assim abriu o caminho do Campeonato Mundial para o garoto de 14 anos. [grifo do RC].
(Reedição da série de postagens 'Bobby Fischer: uma vida em 30 dias', publicada neste blog em 2015, com base em extratos do Vol. 4 do livro 'Meus Grandes Predecessores' de Garry Kasparov - Ed. Solis)
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