Por Fernando Melo
Pego uma carona no meu querido e eterno mestre Machado de Assis (jogava xadrez e bem!!), para dar título de um Conto seu, a esta crônica que começo a escrever. Quem no tabuleiro de xadrez é tão desejado pelos contricantes? Penso que é a Dama! Não quero ser diferente, mas meu xodó mesmo é pelo peão. Aliás, neste VII Bobby Fischer, perdi duas partidas vitimado por peão passado Nem por isso vou abandoná-lo. Xodó é xodó, mesmo no infortúnio. Quem pensa que a vida é feita de vitórias, não sabe o sabor de uma derrota! O peão quando fica forte, sai de perto, porque ele é avassalador. Mas a Dama é mesmo o xodó dos enxadristas! No Brasil, Rainha vira Dama. Não é porque aqui não tem Monarquia (já teve), mas é para diferenciar do Rei, afinal rei e rainha começam com a letra R...e para não confundir na hora de anotar o lance ...
A Dama tem muito poder e na mão de quem sabe jogar com ela, é mais poderosa do que Cléopetra, no auge de sua beleza, e mais temida do que Catarina de Médici, nas suas ações maquiavélicas contra os protestantes. Domina o tabuleiro de ponta a ponta, vai e vem assustando os cavalos e os bispos do adversário. Quem consegue fazer frente é o par de torres e a dama adversárias, quando a batalha geralmente é sangrenta, ou seja, um dos dois lados termina sucumbindo. Confesso que não gosto muito de duelar com a Dama adversária. Qualquer vacilo é fatal, exigindo portando muita atenção, concentração e saúde. Sim,. porque a tensão é tão grande que você fica cansado e uma vez cansado, as chances de erro aumentam. Prefiro jogar com os peões, são mais suaves e com o passar dos lances ele, como sabemos, se transforma em Dama! Aí, como já está sempre no final da partida, fica mais fácil e menos tenso jogar com ela. Feliz do Rei que tem uma Dama, ou melhor, uma Rainha que gosta dele!
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