sábado, 9 de janeiro de 2016

VII Memorial Bobby Fischer - 99


Faltam 62 dias! Um dos momentos prazerosos que o xadrez me proporciona é sentar diante de um tabuleiro e rever partidas de Bobby Fischer. Hoje cedo vi a segunda partida do match pelo Torneio de Candidatos com Bent Larsen. Fischer jogou de negras e enfrentou uma Inglesa. No lance 37, Larsen ataca uma torre de Fischer jogando 37.Bc4. Como tinha um diagrama no livro, eu sabia que a resposta fischiana seria forte. Então comecei a pensar, focado na posição, qual seria o lance. Sabia que tinha algo a mais. Até pensei mesmo que Fischer não ia tirar sua torre atacada, que se encontrava em f7. Continuei pensando e nada, não achava o lance, mas eu sentia que ele existia e, quando, finalmente, olhei no livro o lance, foi fantástico! Imagino que Larsen deve ter sentido um forte golpe, pois, acredito que a partir dali ele ficou perdido. A partida ainda demorou 17 lances, mas com Fischer bem superior. (Você encontra a partida no Chessgames)

4 comentários:

  1. Ontem assisti o filme sobre Fischer e a crítica feita aqui no blog foi perfeita Fernando.Acrescento ainda que houve um erro grosseiro com relação à primeira partida do match contra Spassky: no filme mostra que Fischer abandonou após jogar Bxh2 e o russo jogar g3 fechando a volta do bispo.

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  2. Obrigado, MI Resende, pela boa referência à critica que fizemos aqui, sobre o filme Pawn Sacrifice. Quanto à abordagem que eles fizeram sobre a primeira partida, que ficou bem conhecida pelo tal peão envenenado, também havíamos notado que Fischer, em verdade, não abandonara depois do g3 de Spassky, mas preferimos entender essa escolha do filme menos como um erro e, em princípio, mais como uma opção consciente do enredo, já que prolongar a cena de tal partida parecia não trazer mais muito apelo para a evolução da história contada nas telas. Agora, é claro que para nós, do meio enxadrístico, a cena causa impacto, pois bem sabemos que Fischer ainda resistiu bastante antes de se render naquela famosa partida.

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    1. Fernando Sá eu tinha certeza que o filme iria contribuir para estereotipar o xadrez e o enxadrista. Pawn sacrifice carrega nas bizarrices de Fischer a ponto de nós mesmos ficarmos com raiva do personagem. Atuação brilhante de Maguire, diga-se de passagem. Até o gentleman Spassky (Viktor de X-Men) ficou estranho com aquela cena onde ele tem um ataque nervoso no quarto, sem contar a cena da cadeira observada por você.
      Filmes biográficos também são arriscados porque o autor coloca aquilo que lhe é mais interessante para causar sucesso. Minha curiosidade, e de muitos naquela época, era saber o que Fischer fez quando sumiu da mídia. No filme ficou resumido a uma frase dita no final.

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  3. Apesar de tudo, surpreende um pouco perceber que muitos enxadristas país afora tenham ficados encantados com esse filme, cuja imagem e história de Fischer deixaram bastante a desejar, na nossa ótica. Talvez a mera exposição do mundo das 64 casas já tenha sido um bom motivo para ter agradado a tanta gente nossa.

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