(FALTAM 16 DIAS PARA O ABERTO DO BRASIL
VI TORNEIO MEMORIAL BOBBY FISCHER)
VI TORNEIO MEMORIAL BOBBY FISCHER)
Bobby Fischer: Uma vida em 30 dias
(Extratos do Vol. 4 do livro 'Meus Grandes Predecessores'' de Garry Kasparov - Ed. Solis)
O
forte torneio realizado em setembro [1961] em Bled [na antiga Iuguslávia] – na época
foi até denominado o “torneio do século” – mostrou que, apesar das perdas moral
e financeira do escândalo do match
com Reshevsky, no aspecto técnico Fischer desenvolveu-se tremendamente e
tornou-se mais calejado. A experiência de sua batalha com o veterano do mundo
do xadrez [Reshevsky] não tinha preço, e isso foi sentido em Bled, e depois no
torneio Interzonal em Estocolmo, pelos ilustres Grandes Mestres soviéticos.
...
No
início do torneio de Bled, Fischer e Glicoric empataram, mas criaram uma
verdadeira obra-prima. “ A harmonia de movimento nessa partida, onde cada lance
lembra um pas de deux de um balé, a
transforma em um espetáculo estético estupendo.” (Evans) [link para o Chessgames]
...
No
dia seguinte o americano derrotou o jovem ex-Campeão Mundial [Tal]. Essa partida é
unilateral, é claro, mas é significativa por ser a primeira vitória de Fischer
sobre Mikhail Tal após marcar 0-4 nas partidas anteriores. (...) “Finalmente
ele não me escapou”, exclamou o feliz Bobby após a partida.
...
Apesar
do esplêndido jogo de Fischer, seu total de pontos foi mais modesto do que se
poderia esperar. Ele foi o único jogador a não sofrer uma única derrota, mas o
número de empates – onze! – provavelmente surpreendeu até a ele próprio: 1. Tal
– 14(1/2) pontos em 19; 2. Fischer – 13(1/2); 3-5. Glicoric, Keres e Petrosian –
12 (1/2); 6-7. Geller e Trifunovic – 10(1/2) etc.
“Mas
basta do enxadrista Fischer”, podemos dizer, seguindo Petrosian. “O jovem
campeão norte-americano adquiriu uma nova paixão: cantar. Nas noites no
cassino, acompanhado por uma banda de jazz, Fischer cantava algumas canções
populares modernas. O Grande Mestre tinha um alto conceito de sua voz, com o
qual, entretanto, poucos dos ouvintes concordavam. Ele realmente era muito
melhor jogando xadrez...”
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