(FALTAM 15 DIAS PARA O ABERTO DO BRASIL
VI TORNEIO MEMORIAL BOBBY FISCHER)
VI TORNEIO MEMORIAL BOBBY FISCHER)
Bobby Fischer: Uma vida em 30 dias
(Extratos do Vol. 4 do livro 'Meus Grandes Predecessores'' de Garry Kasparov - Ed. Solis)
Fischer,
19 anos, vence Interzonal de Estocolmo (1962) e se classifica para o Torneio de
Candidatos.
[MGP
– V.4] - Um novo ciclo do Campeonato Mundial tinha começado, e no Torneio
Interzonal de Estocolmo (janeiro-março 1962) Fischer demonstrou brilhantemente
o muito que havia desenvolvido desde seu debút
em Portoroz. Precisamente no dia de seu 19º aniversário Bobby se deu um
presente maravilhoso: 1. Fischer – 17(1/2) pontos em 22; 2-3. Geller e
Petrosian – 15; 4-5. Kortchnoi e Filip – 14; 6-8. Benko, Glicoric e Stein – 13(1/2)
etc. Essa vitória provocou um verdadeiro furor no mundo. “Bobby Fischer”,
publicou um dos jornais, “é o primeiro jogador a quebrar o círculo mágico dos
Grandes Mestres russos ao vencer o maior torneio desde o final da Guerra.”
Para
intensificar sua preparação para o torneio, pela primeira vez Bobby até mesmo
desistiu de participar no Campeonato dos EUA. E os seus três meses de trabalho
não foram em vão. “O próprio fato de que, pela primeira vez durante a
realização dos Torneios Interzonal e de Candidatos, o primeiro lugar não tenha
sido conquistado por um jogador soviético, diz muita coisa” [grifo do RC], escreveu o chefe
da delegação soviética, Lev Abramov. “O sucesso de Fischer em Estocolmo causou
uma grande impressão. Seja pela porcentagem de pontos marcados (80%), a
liderança sobre os rivais mais próximos (2(1/2) pontos!), a ausência de derrotas
e a facilidade invejável de seu jogo.”
Na
4ª rodada Fischer derrotou Portisch de forma lapidar, mostrando técnica
invejável em um final de torres. Nas palavras de Kotov, ele surpreendeu até
mesmo os experientes “lobos de torneios” com a sua maestria: “Quando um jogador
jovem ataca bem, faz combinações – isso é compreensível, mas técnica impecável
de final aos 19 anos – isso é um fenômeno raro (...).”
Prossegue Kasparov: Além
disso, Bobby tinha uma tenacidade incomum, podia jogar por 50 lances, por 100 –
quantos forem necessários para vencer (ele torturou o canadense Yanofsky por
112 lances). Nunca esmorecia – para ele literalmente toda partida era
importante! Esse traço, que em 1962 parecia ser a maximização da juventude, se
provou decisivo nos matches de
1971-1972.
Excelente cobertura Fernando. Zirpoli
ResponderExcluirObrigado, Zirpoli!
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