Hoje, 14 de julho, aniversário da Queda da Bastilha, na Revolução Francesa, ocorrida no ano de 1799. Mas, cá para nós, prefiro comemorar o aniversário de nascimento do meu querido e especial amigo Henry Edward Bird, completando 188 anos! Conversava com ele logo cedo, quando o parabenizei pelo seu dia, e logo se disse feliz ao saber que Magnus Carlsen andou jogando sua Abertura.
Nascido na Inglaterra, Bird aprendeu a jogar xadrez aos 15 anos. Em 1853, aos 24 anos, em confrontos com Ernst Falkbeer, ele jogou várias vezes 1.f4, com resultados sombrios. No entanto, esse experimento específico acabaria por se tornar famoso como Abertura Bird.
Neste momento em que escrevo este artigo sinto que a melhor maneira de homenagear Henry Bird, neste seu aniversário, é trazer ao conhecimento do leitor a sua vitória contra o temível Johannes Zukertort, que tem uma rica história. Essa partida foi jogada em Nottingham, Inglaterra, em 1886, com vitória para Bird. Das 7 vezes que os dois se confrontaram, esta foi a única que Bird ganhou, perdendo as demais. Mas usando a Abertura que leva seu nome, só jogou esta vez. Das outras vezes que jogou de brancas (4), e saiu-se com 1.e4.
Ao longo da vida, Bird jogou sua favorita 38 vezes(1856-1895), com o seguinte resultado: 14 vitórias, 23 derrotas e apenas um empate.
Jogando a Bird contra Eduardo Azevedo, em Recife |
E aqui aproveito para um conselho aos iniciantes em torneio. Durante uma partida tensa, com quase 4 horas, em torno de 50/60 lances, última rodada, existindo uma vantagem posicional (no caso a estrutura de peões, quando meu adversário tinha peões dobrados, um isolado, e dois unidos, portanto três ilhas, e eu duas ilhas, sem peão dobrado, nem isolado e bispo da mesma cor, fica difícil você perder, mas para ganhar é preciso ter paciência. Sinto que esse é o maior motivo para se ganhar uma partida com essa estrutura e após tanto tempo de jogo, quando o cansaço se avizinha. A vontade de vencer aliada à paciência, vai minando a força do adversário que está posicionalmente inferior. E foi o que aconteceu. No final, criei um peão passado e totalmente livre, levando-me à vitória.
Ganhar uma partida jogando a Bird, para mim, é uma satisfação, mas confesso e estou sendo sincero, qualquer resultado, desde que seja jogando a Bird, eu acho bom. E saibam que minhas derrotas são muitas, sem esquecer alguns empates históricos!
Para encerrar, voltemos ao velho Bird, para que possamos desejar-lhe felicidades neste dia de hoje.
Como faço para falar com ele?
ResponderExcluirÉ fácil. Basta ter fé!
ResponderExcluirParabéns Fernando, mas como amante da Revolução Francesa preciso defender a queda da Bastilha em 1789. Abs,
ResponderExcluirNo que faz muito bem, Mestre João Leite. Aliás, o Brasil está precisando de uma Revolução, pois do jeito que vai, deixando corrupto em prisão domiciliar sem a tornozeleira, é mais que um prêmio. Sendo assim, os corruptos vão continuar já que a pena é leve!
ResponderExcluirVerdade Fernando. As revoluções ocorrem exatamente quando não mais existem saídas visíveis. Abs.
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