Em meados da década de 70, Mequinho (foto) era o terceiro melhor grande mestre do mundo. Ficava atrás de Karpov e Korchnoi. Isso dizia claramente que jovaga o xadrez perfeito, mas Tigran Petrosian (busto), achava que Mequinho jamais seria campeão do mundo, pois não "sabia o valor das casas fracas nem das casas fortes". Pesquisando sobre a vida deste genial brasileiro, descubro o seguinte: Em 1972, quando enfrentou o ex-campeão mundial Tigran Petrosian no Torneio de San Antonio, Mequinho descobriu que tinha de lutar dentro e fora do tabuleiro. O grande mestre soviético "só fazia silêncio quando era a vez de jogar. Toda vez que eu tinha de pensar ele estava cutucando a mesa com o joelho e o tabuleiro com o cotovelo para chacoalhar a mesa. Se não fosse suficiente para incomodar-me, Petrosian ficava fazendo ruídos, derubando café, e tudo com ritmo variável. E rolando uma moeda na mesa". Depois de reclamar três vezes ao árbitro, Mequinho resolveu fazer barulho quando era a vez do soviético jogar. Petrosian calmamente desligou seu aparelho auditiro e ganhou a partida. Pelo que vimos, os dois não se entendiam mesmo.
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