O que se passa com o Damián Lemos (foto) é comum a muitos enxadristas na América do Sul: a dificuldade de encontrar apoio para desenvolver a sua carreira profissional. A revista espanhola Jaque publicou mês passado uma matéria sobre este mais jovem grande mestre argentino, 18 anos, que quer competir em diversos países europeus, mas as promessas econômicas que lhe fizeram não se concretizam. Eu sei do valor que tem o GM brasileiro Rafael Leitão, trata-se de um grande mestre excepcional para os padrões brasileiro e até mesmo sulamericano, mas a nivel internacional, Europa no meio, Leitão perde para o GM Peter Leko, da Hungria, que tiveram uma vida inicial de sucessos juntos, exatamente por não ter uma continuidade profissional num padrão mais elevado. Ficar pelo Brasil (ou Argentina entre outros) sem participar ou ser convidado para torneios na Europa ou Estados Unidos, a caminhada torna-se mais espinhosa para um profissional que tem potencial para crescer. Espero que Damián, à essa altura, esteja com seu passaporte carimbado para um giro pela Europa.
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