sábado, 30 de maio de 2009

Lembrando Bobby Fischer



My 60 Memorable Games
Pouca gente sabe que Robert Fischer era o ídolo de massas na União Soviética. Querem uma prova? Quando do lançamento do seu livro My 60 Memorable Games, foram vendidos naquele país em apenas três dias nada menos do que 100 mil cópias! A propósito deste livro, Korchnoi é muito crítico com as análises de Fischer, e segundo o GM Zenon Franco, Korchnoi comentou que o norte-americano havia "copiado" seus comentários... Na verdade, observa Zenon, Fischer ficou impressionado com as boas análises publicadas por Korchnoi no periódico Shakhmatnaya Moskva e os usou "sin cambios serios" segundo Korchnoi. Este ainda comentou que se Fischer soubesse que seu livro iria ser um best seller na URSS, "seguramente teria se esforçado mais em analisar nossa partida". A partida referida foi jogada em Estocolmo 1962 e ganha por Fischer em 44 lances.

3 comentários:

  1. Digam o que digam de Fischer, sempre vou achar que foi só mais um extraordinário jogador, que ascendeu ao trono mundial meio que na sorte, pois, fosse Spassky um pouco menos desportista ou tivesse ligado menos para detalhes como dinheiro, teria bisado o mundial por WO. Deve ter-lhe faltado um pouco de argúcia, ou a seus segundos, ou todo o aparato, mas o fato é que, se o americano lhe dera motivos para ganhar sem jogo, deveria ter feito assim, e talvez hoje Fischer nem fosse tão lembrado, inclusive por suas postulações bizarras para jogar com Karpov em 1975; deveria, no mínimo, aceitar jogar sob as mesmas condições do match anterior, e não querer ganhar com um mínimo de esforço. A FIDE fez muito bem em não "cair" na dele e cassar-lhe a coroa.

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  2. Só fato de desbancar os soviéticos antes do Mundial ele já seria lembrado, meu caro. Acho que história da vida de Fischer lhe escapa...

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  3. Foi o jogador de xadrez sobre quem mais se escreveu, quanto a isso não há dúvida; seus triunfos esportivos falam por si, são indiscutíveis; o caráter, contudo, merece reprimendas, talvez pelo fato de ter sido criado sem a figura paterna. Nunca pôs o título em jogo por mero medo de perdê-lo! Já KASPAROV o fez ao menos duas vezes seguidas contra o mesmo adversário e mais outra depois, sempre se curvando às regras da Federação, até surgir a dissidência que ele mesmo criou em 1993 (a PCA). Alguns jogadores foram maiores que Fischer, tais como o próprio Kasparov, Botvinnik, Petrossian ou Alekhine, embora o americano, por suas qualidades e pelo que fez pelo xadrez em si, tenha colecionado fãs em todo o mundo - eu, inclusive.

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