sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Um discípulo de Philidor

Crônicas de Ronald Câmara

Das muitas crônicas de xadrez que Ronald Câmara nos deixou, todas com rico conteúdo, uma delas foi  "Um discípulo de Philidor", que aqui vamos transcrever em duas partes, hoje e amanhã.




"Há dois séculos, surgiu na França um superdotado que revolucionou duas artes sublimes: a música e o xadrez. Descendente de uma família italiana de destacados artistas, François André Danican Philidor (1726-1795) demonstrou desde cedo os seus excepcionais predicados. Para os apreciadores da música, ele foi o introdutor da ópera cômica, em seu país, com uma valiosa contribuição no plano musical; para os aficionados do xadrez, a sua obra "Analyses Du Jeu Des Échecs" teve influência decisiva na sistemática do jogo, que passou de uma fase meramente intuitiva para uma apreciação racional e metódica.
Além de seu notável trabalho didático, Philidor foi o mais forte enxadrista de sua época e exímio no jogo às cegas. O seu famoso postulado "Os peões são a alma do xadrez" e de sua boa ou má colocação depende, na maioria dos casos, o resultado de uma partida", tounou-se clássico e ainda hoje é seguido por todos os estudiosos da matéria.
Após sua brilhante vitória no 3º Torneio Magistral "Clarin", Buenos Aires, 1980. Bent Larsen afirmou  que, para ele, o maior emxadrista de todos os tempos foi Philidor, graças à sua criatividade e ampla visão, muito acima de seus contemporâneos. " (continua amanhã)

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