Essa capacidade, contudo, parece ser inquestionável, no xadrez de alto nível, não é mesmo? Será que podemos imaginar um Krikor Mekhitarian, ou um Rafael Leitão às turras com uma posição de mate com bispo e cavalo? E se quem estiver querendo o mate for um campeão mundial de xadrez? Ah!, logo pensaremos, então, que o desafio seria moleza, certo?
Errado! Ao menos foi o que (não) aconteceu com a atual campeã mundial Anna Ushenina, da Ucrânia, que não conseguiu dar mate de bispo e cavalo em sua adversária, na partida de ontem pelo Grand Prix Feminino da FIDE, na cidade suíça de Geneve. O evento vai do dia 03 ao dia 15 deste mês, com a participação de doze enxadristas, entre elas as ex-campeãs mundiais Hou Yifan e Alexandra Kosteniuk. Na apontada partida, Ushenina foi imprecisa nos lances e ultrapassou o limite legal de 50 lances sem movimento de peões, levando ao empate.
Segundo comentários do MI Luis Rodi (Xadrez Diário, n. 1179), foi uma preocupante exibição técnica da campeã mundial, que nem mesmo um possível apuro de tempo ajuda a explicar, pois mates básicos como esse devem ser possíveis até na pressão do tempo, em virtude do moderno sistema de acréscimos! Ave, Anna!
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