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| Alejandxro e Jales relaxando após o final da partida |
Por Fernando Melo
Na tarde de hoje, no Clube de Xadrez Miramar durante a partida entre Jales e Alejandro pela penúltima rodada do Torneio das Acácias, aconteceu um fato raro, muito raro, bastante raro, e só acreditei porque estava assistindo a partida desde o início, uma vez que ambos os jogadores tinham chances de vencer a prova e aquele embate era importante.
Na tarde de hoje, no Clube de Xadrez Miramar durante a partida entre Jales e Alejandro pela penúltima rodada do Torneio das Acácias, aconteceu um fato raro, muito raro, bastante raro, e só acreditei porque estava assistindo a partida desde o início, uma vez que ambos os jogadores tinham chances de vencer a prova e aquele embate era importante.
Do meio para o fim do jogo, a posição de Jales era bem confortável, com suas peças em ataque enquanto Alejandro estava na defensiva.
De repente, como num toque de mágica, o condutor das negras consegue armar um contra-jogo trazendo sua dama para o ataque. Eu, que estava ligado na partida, tomei um susto. Alejandro acabava de deixar sua dama no ar e Jales a tomaria limpa, limpa!
Tinha um detalhe, a dama negra ameaçava mate com o apoio do bispo. Mas, como disse, Jales a tomaria com a sua dama sem problemas. Mas aí é que vem o fato que surpreendeu a todos que assistiam. Jales começou a pensar. Após uns 60 segundos eu deduzi que Jales estava querendo entender o porque de Alejandro ter dado sua dama de graça.
Mas o tempo foi passando e foi então que caiu a ficha: Jales não estava vendo a dama negra sem defesa, ele só estava vendo como se livrar do "mate" de Alejandro. E assim aconteceu, adiantou um peão, bloqueando a diagonal onde estava o bispo adversário. Alejandro escapou da derrota com um xeque perpétuo.
Sai um pouco do local e pensei: a ameaça valeu mais do que a execução. Como Alejandro ameaçava mate em um lance, Jales só entendia uma coisa: "como me livrar do mate", não se dando conta de que dama adversária estava de graça.
Mais uma vez Alejandro deu provas de ser um jogador de muita sorte. Na última rodada ambos venceram e Jales conquistou o primeiro lugar enquanto Alejandro o terceiro.
O fenômeno que aconteceu comigo nessa partida já ocorreu outras vezes, e eu costumo chamá-lo de "pane mental"... quando joguei De3, eu estava ciente de que a Dama adversária em h3 estava atacada pela minha Dama. Mas aí, quando o meu oponente na sequência joga Be4?? e ameaça mate, simplesmente "esqueci" do ataque à Dama e deixei de tomá-la, preocupando-me apenas em me defender do mate!! Inacreditável!!! Mas se esse tipo de bizarrice acontece até com Grandes Mestres, porque não poderia acontecer com um capivara como eu?? O importante é que esse erro grotesco não chegou a prejudicar minha vitória no torneio. Abraço, Fernando.
ResponderExcluirSeria bom, até para ilustrar a matéria, que a partida possa ser publicada por aqui. Que achas Jales? Vais ao Bobby? E é claro: erros todos cometem. Aliás tem aquela máxima: no xadrez, ganha quem cometer o penúltimo erro. Abs.
ExcluirInfelizmente não vou poder publicar a partida, porque ela não foi anotada e eu não me lembro dos lances. Também não jogarei o Memorial Bobby Fischer este ano, devido a problemas de ordem pessoal. Mas se você vai jogar, desejo-lhe boa sorte lá. Valeu!
ExcluirNo xadrez há aquela regra de ouro: ao se analisar uma posição, a primeira coisa a ser observada são as possíveis capturas. Nem sempre nos lembramos deste conselho...
ResponderExcluirDeveria mudar o nome de xadrez para o nome jogo dos erros. Grande maioria das derrotas no chess eh por conta dos erros dos adversários.
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