Não é de hoje que conheço o romancista Machado de Assis. Sou seu leitor desde o tempo de menino e sempre disse que é o maior escritor brasileiro de todos os tempos. E também sempre soube de sua paixão pelo Xadrez. Uma das passagens que me emociona, quando lembro Machado de Assis, é que o nome da Academia de Xadrez Caldas Vianna tem a sua influência. Eu explico: eu queria mesmo era colcoar o nome da Academia de Machado de Assis, mas terminei ficando em dúvida, uma vez que ele é mais conhecido como um homem de letras, afinal foi.fundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras. Era seu contemporâneo e amigo pessoal Caldas Vianna (que jogava mais do que Machado) e como gostei desse nome, resolvi homenagear Machado dessa forma. Outra passagem que me emociona é que Carolina, a portuguesa e grande amor de Machado, aproximou-se dele por causa do Xadrez!
Seu interesse pelo Xadrez levou-o a ocupar posição destacada nos círculos enxadrísticos do Império. Mantinha correspondência com as seções especializadas dos períódicos da época, compunha problemas e participou do primeiro torneio de xadrez realizado no Brasil! Sua iniciação na arte de Caíssa deve-se a influência de Artur Napoleão, o grande pianista português, que aos 16 anos, em Nova York, em partida de exibição enfrentou Paul Morphy!. Radicara-se no Rio de Janeiro e de volta de uma de suas viagens à Europa, Artur Napoleão veio acompanhado de Carolina Xavier de Novais, futura esposa de Machado de Assis e de cujo casamento Artur foi uma das testemunhas..
O interesse de Machado de Assis pelo Xadrez prolongou-se por muitos anos conforme revelação constante da correspondência com Joaquim Nabuco que, em 1883, lhe enviava de Londres retalhos de jornais com transcrições de partidas, atendendo ao pedido que lhe fora feito. E para encerrar, esse momento marcante de um dos textos de Machado em A Semana, de 12/1/1896: "Meu bom xadrez, meu querido xadrez! Tudo pode ser, contanto que me salvem o xadrez."
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