quinta-feira, 15 de junho de 2017

O legado de Eduardo Asfora!

Por FERNANDO MELO

Os caissianos de Pernambuco certamente estão orgulhosos do legado deixado pelo saudoso Eduardo Asfora. Não tive a felicidade de conhecê-lo, mas me inspiro na personalidade do seu sobrinho MF Marco Asfora, para sentir o quanto aquele deixou para este a herança de um xadrez competitivo, responsável e produtivo. O sobrinho seguiu os passos do tio com honra e dignidade.

E aqui lembro, com sinceridade, o trabalho de Fernando Sá, na Paraíba, e de Igor Macedo, no Rio Grande do Norte, que da mesma forma honram e dignificam a herança dos seus pais, já que os "velhos" estão mais para jogar do que mesmo dirigir, transferindo esta missão para os mais "novos".

Eduardo Asfora era odontólogo e nasceu na cidade do Recife no dia 5 de agosto de 1924, vindo a falecer aos 65 anos, no dia 8 de novembro de 1989. Pontificou no xadrez nacional nas décadas de 50, 60 e 70, sendo vice-campeão brasileiro nos anos de 1950, 1962 e 1971, e 15 vezes campeão do seu Estado.

Segundo seus contemporâneos, Eduardo Asfora nas partidas de blitz, "tirava leite de pedra e sua seta nunca caía".

Acredito que o seu maior feito foi sua vitória  no PanAmericano de 1971, em Tucuman, Argentina, frente ao GM Miguel Najdorf. 

Escrevendo este artigo, me veio à lembrança o maior tribuno da Paraíba, o saudoso campinense Raymundo Asfora, primo de Marco Asfora. Certa vez, na minha juventude, assisti a um comício político na Lagoa, que estava lotada. Naquele tempo não tinha televisão e os comícios em praça pública eram uma festa popular de muita aceitação. E a certa altura, num rasgo de amor à sua terra, disse Raymundo Asfora, de forma pausada e firme: "João Pessoa, Campina Grande não tem inveja de tí!", e os aplausos emocionados do povo eclodiu por alguns instantes, coroando de glória o orador da tribuna!

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