Ed. Edmondson - 1972 |
Depois de muito pesquisar, estou convencido de que Bobby Fischer chegou ao ponto que chegou, principalmente na escalada para a conquista do título mundial, a começar em 1970, 1971 e finalmente 1972, graças ao diretor executivo da Federação de Xadrez dos Estados Unidos de 1966 a 1975, coronel Edmund B. Edmondson (13 de agosto de 1920 a 21 de outubro de 1982) , que reputo como o "anjo da guarda" de Fischer. Vamos saber, então, o que ele fez.
Sabemos que naquele tempo, o enxadrista para chegar ao título mundial precisava vencer quatro etapas. A primeira delas era estar classificado no Continente, onde evidentemente estaria incluído o seu país, o que podemos chamar de Zonal. No caso em questão, estamos falando do Zonal Norte-Americano, que classificava três representantes da América do Norte para jogar o Interzonal (segunda etapa). Bobby Fischer estava fora dessa representação, por não ter jogado o Zonal (que correspondia ao Campeonato dos Estados Unidos, dado a força dos seus jogadores, já que o México e Canadá sequer participavam).
É a partir daí que entra a figura do Coronel Edmondson, na difícil missão de convencer Bobby Fischer a jogar, já que estava afastado dos torneios há mais de um ano. Sabemos todos do temperamento de Fischer e como este terminou aceitando o convite do diretor da Federação, veio o que podemos chamar de missão impossível: afastar Paul Benko, um dos classificados no Zonal, e colocar em seu lugar Bobby Fischer. Por que isso era tão difícil?
Precisava convencer a FIDE - Federação Internacional de Xadrez que os Estados Unidos queriam Fischer entre os três representantes do Zonal e como Benko "desistiu", a vaga seria de Bobby. A política usou de suas garras, primeiro ao "comprar" a vaga de Benko por 2 mil dólares, mas que oficialmente, se tratava de uma desistência deste, e segundo, usou do prestígio e da força da Federação Norte-Americana junto à FIDE.
Edmondson defendia a tese de que Fischer era o único "estrangeiro" capaz de tomar a coroa mundial dos soviéticos, e sendo este americano, não podia vê-lo fora. E como ele estava certo! Fischer saiu ganhando todas as etapas com muito brilho: em 1970, o Interzonal de Palma de Mallorca, em 1971, o Torneio de Candidatos e em 1972 o Mundial! Durante esses eventos, Edmondson sempre esteve perto de Fischer para resolver variantes extra-tabuleiro Portanto, nosso reconhecimento e aplausos para o coronel Edmund Edmondson!
Isso me soa como corrupção, senhor.
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