E nos conta o MI Antonio Resende(SP) a seguinte e curiosa história:
"Fernando, lendo estes artigos de memória tenho vontade de contar uma grande lição de xadrez e vida que tomei aí em João Pessoa, durante uma semifinal de campeonato brasileiro que foi jogada no Hotel Tambaú, se eu não me engano na década de 80.
Primeira rodada da semifinal eu sou emparceirado de pretas contra um desconhecido Welington Rocha. Fui peeguntar ao MI Antonio Rocha se ele conhecia aquele menino franzino. O Rochinha que aprontava muitas comigo disse: - É um jogador escolar aqui de João Pessoa. Você teve sorte e vai ganhar fácil. Eu é que peguei pedreira logo na primeira rodada. Fiquei contente e exageramente confiante e durante a abertura levantei constantemente para cumprimentar amigos, conversar, etc. Entre uma conversa e outra voltava para a mesa e fazia o lance. E o "escolar de João Pessoa" pensando, pensando, mas acertando as jogadas da abertura. E de repente o menino sacrifica um peão! Era temático vindo da partida Penrose x Tahl. Comecei a pensar comigo: será que o menino conhece esta partida? Resultado: levei um amasso tático maior que o Tahl levou do Penrose.
Quando acabou a partida, eu meio atordoado tive que ouvir uma sonora gargalhada de Rochinha, que ainda disse: - Seu trocha. Este menino acaba de ganhar o campeonato mineiro absoluto!
Moral da história: Nunca despreze seu oponente. Não existe partida ganha antes de ser jogada. Esta história eu conto até hoje para os meus alunos como um exemplo e uma lição de vida que eu aprendi.
Abraços. Resende".
Outra grande lição... não acreditar em amigos da onça como o rochinha...rsrsrsrs
ResponderExcluirOi Cleide.
ResponderExcluirAntonio Rocha não era amigo da onça. Eu é que estava com o filtro desligado das brincadeiras dele e deveria ter desconfiado na abertura do talento deste grande jogador que é o Wellington Rocha.
abs,
Resende
Olá, Antonio Resende. Não sei se lembra de mim, mas era aquele moço surdo que jogava no CXSP. Meio instável, pois estava sob muita pressão na vida, nos estudos e no trabalho... Realmente, a gente nunca deve desprezar, ninguém mesmo... Já vi crianças que apanhavam para depois serem grandes jogadores em pouco tempo, como Milos... Mas estou escrevendo, que fim levou o MI Antonio Rocha? Era um bom professor e um bom cara e lembro-me que nas aulas que o Antonio dava n´O Lance do Mestre, no CXSP, eram bastante concorridos... E sabia que, em um um torneio do Club Hom´s, fui oponente do Wellington Rocha? Eu nãos abia quem era, estava com um peão a mais, mas deu em empate por apuros no tempo. Eu não sabia quem era ele!... Saudações de um ex-colega, dos bons tempos do CXSP.
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