A rivalidade do Brasil com a Argentina existe mesmo no futebol. Mas qual é o brasileiro que não gosta de um tango (foto), uma dança altamente sensual e bela ? E no xadrez, o que acontece? No gosto popular, não acontece nada. E entre os enxadristas? Sinceramente, eu não sei. Pessoalmentre, gosto mais da história do xadrez na Argentina, palco de grandes eventos mundiais, terra que Bobby Fischer gostava de visitar, e parece até que tinha um rancho. Terra que abrigou o grande Najdorf, do match entre Alekhine e Capablanca, do match entre Fischer e Petrosiam, palco de duas Olimpíadas. Nesse particular a Argentina dá de zero no Brasil. Mas no tabuleiro, como fica? Apesar da Argentina ter o dobro de Grandes Mestres (16) do que tem o Brasil (8), na diferença de força por Elo o Brasil se mostra bem mais forte. O número 1 da Argentina é Diego Flores, com Elo 2587. No Brasil os três primeiros (Vescovi, Leitão e Fier) têm Elo acima de 2600 e o quarto, que é Gilberto Milos tem Elo 2589, portanto superior a Flores. O nosso número 8, Sunyê Neto, tem Elo 2486, que é superior a cinco GMs argentinos. Isso basta para sentirmos que o Brasil é mais forte no xadrez do que a Argentina. Nos jogos Panamericanos por Equipe, o Brasil ficou em primeiro, seguido de Cuba e Venezuela. E só em quarto veio a Argentina.
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