sexta-feira, 15 de julho de 2016

A eternidade do xadrez!

Por Fernando Melo
Nakamura  num bom nível do xadrez mundial

Conversando com um amigo, ele me disse: se os brasileiros gostassem 10% do xadrez como gostam do futebol ...E não concluiu o seu pensamento. Mas não foi preciso, porque todos sabemos o que significa esse percentual. Seríamos mesmo um outro povo, cheio de esperança e de coragem para lutar contra as adversidades. Com o futebol de 7 x 1 vivemos desiludidos e acuados. O curioso é que o futebol vive de vitórias, enquanto o xadrez vice de aprendizado, que nos leva a vitória. É um grande incêndio e levo meu balde com água para ajudar a apagá-lo....Eu acredito na eternidade do xadrez.

Uma prova disso foi a recente partida entre Magnus Carlsen x Hikaru Nakamura, na primeira rodada do Torneio de Bilbao, quarta-feira, dia 13.  O resultado foi um estrondo, diz o ChessBase. Pela primeira vez em sua carreira, Nakamura derrotou Carlsen num torneio clássico. Foram 50 lances, com Nakamura jogando a Defesa Siciliana. No final, o norte-americano ganhou bem, deixando o campeão do mundo, imagino, assustado, pois o último lance de Nakamura foi de uma precisão cirúrgica. E eu me pergunto, então, Carlsen não viu a sequência? Certamente que não!

É assim, vivendo e aprendendo. Imaginar que Carlsen seja levado a abandonar a partida sob pena de sofrer o xeque-mate, não é muito comum isso acontecer. Mas acontece! Gosto de xadrez, e reconheço que Fischer tem razão quando o define que ele é vida. É por essas e outras que acredito mesmo que o xadrez é eterno! 

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