Você tem certeza que sabe estudar xadrez? Para mim, este é o grande mistério. Ontem eu conversava por telefone com o enxadrista Luis Paiva, que também é médico cirurgião e vereador pela segunda legislatura, e ele me dizia que estava voltando com força ao tabuleiro. Perguntei se estava estudando, ele fez mistério para responder e disse que não ia passar informação, pois estava preparando algumas surpresas para embates futuros. Muito bem. Mas o que diz Gary Kasparov (foto) sobre esse tema tão importante? Sim, Kasparov diz com todas as letras a respeito dos treinamentos com Magnus Carlsen:
"Ajudei-o a aprender a estudar o jogo de xadrez. Essa foi uma das únicas coisas que aprendi com Botvinnik".
Portanto, gostaria muito que os leitores, que querem desenvolver o seu xadrez competitivo, fizessem uma reflexão sobre isso. E nesse particular eu chamo a atenção para a possibilidade de realizarmos num fim de semana qualquer do próximo ano (sábado e domingo), um seminário sob o tema em questão, com valores da terra. Para tanto, acredito que Amilcar Pessoa, Fernando Melo e Jovany Medeiros, por exemplo, poderiam apresentar algum trabalho para ser analisado e discutido pela plenária. Seria cobrado uma taxa de 20 reais para despesas de aluguel de salão, confecção de cartazes e cachê do simultanista, já que no final do seminário os participantes jogariam uma simultânea com um enxadrista convidado. O seminário teria um número limitado de 40 vagas e seria realizado no Hotel Xênius. A semente está plantada e só nos resta colher os frutos.
Eu, como professor, não me limito a transmitir aos estudantes apenas o conteúdo da matéria. Tento ensiná-los a pensar de forma não-habitual, a desenvolver estratégias para encontrar as soluções dos problemas. Entretanto uma boa estratégia não é o suficiente, é preciso ter "know how" para colocá-la em prática. Creio que processo de aprendizado no xadrez não deve ser diferente.
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