Um orgulho da Paraíba

Viswanathan Anand e Paulo Barbosa, em Londres

Quando encontro Paulo Barbosa logo me vem a mente que ali paira um futuro brilhante para o xadrez nacional. Vivendo nos últimos meses na conclusão do seu Doutorado, em Portugal, esse jovem talento campinense não perde seu contato com o xadrez, tanto competitivo como mesmo o de ir assistir duas rodadas do Torneio de Londres 2010, oportunidade em que conversou com o atual campeão do mundo, o indiano Viswanathan Anand, registrado na foto acima. Paulo, a meu pedido, acaba de enviar um e-mail com suas impressões dessa sua visita ao Torneio de Londres:

Olá Fernando, na verdade assisti a duas rodadas: sexta/10 e domingo/12. O que mais me impressionou foi a organização do evento. Torneios de todos os tipos (9 rodadas, final de semana, ativo, blitz, etc). Havia também espaços dedicados às escolas. Sempre uma criança ia dar o primeiro lance para iniciar a rodada. Sala de análises com comentários de grandes mestres e entrevistas/análises com os jogadores após as partidas e o palco de jogos em si, que já era algo bem especial de se ver.

Sobre os jogadores vimos muito daquilo que vemos normalmente nos torneios por aqui. Jogadores que se levantam muito (talvez saiam pra fumar), tentativas de intimidar o outro, análise pós-partida sendo chamada atenção pelo árbitro, forçada de partida empate e muita capivarada, como a que Howell deu contra Carlsen sacrificando erroneamente uma peça.

Os jogadores apresentam estilos bem peculiares. Por exemplo, o McShane, que olha muito para a platéia, o Nakamura, que fica fora da mesa o tempo todo, o Carlsen que estava de muito mau humor no dia que perdeu para o Anand. O Anand é muito simpático e o Kramnik é muito frio durante o jogo, se comparando a uma máquina pelo seu estilo de jogo e pessoal.

O principal é que sempre fazemos boas amizades no mundo enxadrístico. Em Londres não foi diferente.

Abraços,

Paulo Barbosa".