Das muitas crônicas de xadrez que Ronald Câmara nos deixou, todas com rico conteúdo, uma delas foi "Um discípulo de Philidor", que aqui vamos transcrever em duas partes, hoje e amanhã.
"Há dois séculos, surgiu na França um superdotado que revolucionou duas artes sublimes: a música e o xadrez. Descendente de uma família italiana de destacados artistas, François André Danican Philidor (1726-1795) demonstrou desde cedo os seus excepcionais predicados. Para os apreciadores da música, ele foi o introdutor da ópera cômica, em seu país, com uma valiosa contribuição no plano musical; para os aficionados do xadrez, a sua obra "Analyses Du Jeu Des Échecs" teve influência decisiva na sistemática do jogo, que passou de uma fase meramente intuitiva para uma apreciação racional e metódica.
Além de seu notável trabalho didático, Philidor foi o mais forte enxadrista de sua época e exímio no jogo às cegas. O seu famoso postulado "Os peões são a alma do xadrez" e de sua boa ou má colocação depende, na maioria dos casos, o resultado de uma partida", tounou-se clássico e ainda hoje é seguido por todos os estudiosos da matéria.
Após sua brilhante vitória no 3º Torneio Magistral "Clarin", Buenos Aires, 1980. Bent Larsen afirmou que, para ele, o maior emxadrista de todos os tempos foi Philidor, graças à sua criatividade e ampla visão, muito acima de seus contemporâneos. " (continua amanhã)
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