"Duzentos após o desparecimento de Philidor, nasceu na cidade de Kharkov, na Ucrânia, a 7 de fevereiro de 1926, Mark Evgenievich Taimanov, (foto) que viria a ser um dos mais completos discípulos deste artista francês, destacando-se tanto como um virtuose do piano, formado pelo Conservatório de Lenigrado e notável concertista, como também um consagrado grande-mestre do tabuleiro, com inúmeros lauréis e várias obras sobre a teoria das aberturas.
Campeão soviético em 1956 e vencedor de diversas competições internacionais, Taimanov já foi candidato ao título mundial em 1971, mas teve a desdita de enfrentar na estréia o extraordinário norte-americano "Bobby" Fischer, que estava então no auge de sua força e massacrou-o de forma impiedosa, com seis vitórias consecutivas. Esse resultado surpreendente deixou Taimanov arrasado, mas ao término dessa inesperada tragédia ele afirmou: "Afinal de contas, nem tudo está acabado para mim, pois ainda tenho um refúgio e lenitivo na música, que é também uma fonte de prazer e estesia".
Decorridos dez anos desse desastre, com as feridas devidamente cicatrizadas, Taimanov continua praticando a arte enxadrística, enquanto que o temperamental "Bobby" Fischer, após ter conquistado brilhantemente o campeonato do mundo em 1972, abandonou de forma inexplicável as lides do tabuleiro defraudando clamorosamente todos os aficionados.
No tradicional Torneio Hoogovens, realizado em Wijk aan Zee, Taimanov teve uma destacada atuação e produziu uma das mais expressivas partidas desse certame diante do grande mestre e campeão norte americano Walter Browne."
(NOTA: Na crônica de Ronald ele publicca e comenta a partida citada. Quem quiser conhecer com seus 30 lances. consulte o Chessgames.com )
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