Por Fernando Melo
Na
minha juventude, quando não existia televisão e a gente era feliz, e sabia,
lia-se muito, livro após livro, grandes nomes da literatura, como Machado de
Assis, Honoré de Balzac, entre tantos outros. Infelizmente a literatura
caissiana resumia-se ao Xadrez Básico, de Orfeu D`Agostini e aos quatro volumes
de Roberto Grau. Aqui ou ali, uma notícia no jornal. E uma delas foi sobre um
garoto, que despontava nos Estados Unidos, um tal de Fischer, mais conhecido
por Bobby Fischer. Mais tarde, bem mais tarde, vi que o tal garoto se tornara o
melhor jogador de xadrez do mundo. Tanto Machado como Balzac têm suas obras
primas. Fischer tem várias partidas que podem ser consideradas assim. E uma
delas nós vamos conhecer hoje, ou melhor, relembrar, embora, acredito, muitos
não a conhecem por ser pouco popular. Foi jogada em Mar del Plata, em 1959
(Fischer tinha 16 anos) contra o brasileiro João de Souza Mendes. Nessa partida, vamos conhecer a força de um
par de bispos, que Fischer, com tamanha habilidade, transformou em dois fortes
cardeais.
(Matéria publicada hoje na Coluna de Xadrez do
Jornal Correio da Paraíba)
Como diria o lendário Luismar Brito, "Esse bispo fala inglês!"
ResponderExcluirNão conhecia está partida Fernando. Excelente técnica! Com roques opostos e mesmo sem damas temos um modelar ataque ao rei. Um gênio e uma lenda brasileira em ação.
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