Roberto Calheiros x Sadi Dumont: sem insônia! |
Perder uma partida de xadrez é, geralmente, um golpe difícil de se assimilar. "Eu tava melhor"; "Se tivesse dado aquele lance..."; "Foi a pressão do tempo"; "Sacrifiquei mal". Essas expressões lhes soam familiares? São frequentes nos casos de reveses no tabuleiro. Depois disso, o humor piora, ficamos insones e, às vezes, com vontade de "pendurar o rei". Aqui na Paraíba temos um jovem e forte enxadrista, para quem a derrota no xadrez é um verdadeiro tormento. O seu mundo parece que desaba e ele não sabe o que fazer, como um avestruz sem buraco para enfiar a cabeça! Não convém nominá-lo, claro. Mas é um bom exemplo do poder que tem uma adversidade na nossa psicologia. Tudo se transforma, porém, depois da primeira vitória seguinte! Ah! Agora vai! Assim são os sentimentos de muitos jogadores em relação aos resultados no xadrez. O fato é que, como alguém já disse, as derrotas tendem a nos ensinar mais do que as ilusões das vitórias, depois das quais podemos nos achar "o cara"! Lições à parte, terminar um torneio invicto, sem perder nenhuma partida, é também uma conquista que tem o seu valor, a despeito do lugar que o jogador tenha obtido na classificação final. Na matéria 'Balanço Final do Bobby Fischer', que postamos ontem aqui, não fizemos esse registro, o que nos foi lembrado por um dos nossos leitores. Assim vamos lá: os únicos que terminaram o torneio sem nenhuma derrota, nas 6 partidas jogadas, foram:
- Roberto Calheiros (PE): 4v, 2e (campeão);
- Sadi Dumont (RJ): 4v, 2e (3º lugar);
- Neri Silveira (RN): 3v, 3e (melhor veterano);
- Thiago Félix (PB): 2v, 4e (melhor sub 18).
Esses, certamente, não perderam o sono, durante o IV Memorial Bobby Fischer!
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