Ontem voltei a sonhar com Bill Gates. Conversamos por telefone e ele, num português arrastado (já que não sei patavina de inglês), me perguntou como ia a campanha: Bill Gates e o Xadrez. Eu não quis desanimá-lo, mas fui sincero: disse que ia bem, com enxadristas importantes opinando, mas que esperava mais sugestões, apesar da campanha estar em pleno curso. Disse das pessoas que escreveram para este blog e ele me animou, achando que era um número razoavel, que eu esperasse, pois outros viriam. Esse Bill Gates é especial e o bom é que estamos nos tornando amigos! Mas o que ele queria mesmo me dizer, disse por fim: "não deixe de ler, se é que já não leu, a entrevista de Anand (foto) ao Leonxto, sobre a importância do xadrez para o mundo moderno". Batemos o telefone e eu acordei de madrugada sem mais conciliar o sono. Fui então para o computador; como sabemos, Anand é formado em Economia, e durante a entrevista, o tema da crise financeira no mundo entrou na pauta. Leonxto perguntou: se os governantes raciocinassem como enxadristas, essa crise não teria sido evitada? Vejamos a resposta do atual campeão do mundo:
"Provavelmente não. Está demonstrado que quem joga xadrez, desenvolve mais a inteligência para atuar melhor em outros campos; por exemplo, na Matemática. E isso é um poderoso argumento para recomendar a todos os dirigentes e governantes que o pratiquem. Mas veja bem, o problema essencial dessa crise não está na inteligência dos governantes, mas na falta de coordenação para atuar. Ou seja, tem sido uma tragédia coletiva. E não parece que o xadrez possa alterar ou evitar isso".
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