domingo, 9 de janeiro de 2011

Crianças geniais



O colunista de xadrez do jornal The Columbus Dispatch (Estados Unidos), Shelby Lyman escreveu ontem um artigo sob o título : "Formação por si só não pode superar o gênio". Ele começa lembrando Emanuel Lasker, que reinou como campeão do mundo por quase 27 anos, e questiona o que ele considera "impressionante declaração", do campeão Lasker, que é a seguinte:
"Pegue qualquer garoto, qualquer garoto bastante inteligente e bastante saudável e você pode fazer dele um prodígio do xadrez ou qualquer outro tipo de prodígio".
Em anos mais recentes - continua o colunista - um ponto de vista semelhante foi exposto pelo pedagogo húngaro Laszlo Polgar: "Deixe as crianças seguirem seus interesses naturais e as suas possibilidades são ilimitadas", disse Polgar. Em seguida, Lyman cita as três irmãs Polgar e observa: "Minha opinião é que Lasker e Polgar descrevem um elemento essencial de realização, mas não compreendem o papel, por vezes crítico de ADN (DNA) ou de gênio".
"Eu posso pensar em várias crianças que tenho observado. que, imediatamente, se erguia entre seus pares. Sua compreensão inata do jogo foi surpreendente", diz o colunista e conclui:
"A precocidade inimitável de Paul Morphy, Capablanca, Samuel Reshevsky (foto), entre outros, nos lembra que o gênio - embora raro - é um fenômeno real".
A grosso modo, para um entendimento mais fácil do que está dito acima, gênio não se produz em laboratório - como pensam Lasker e Polgar - mas nasce com esse dom. O que você acha, caro leitor?

5 comentários:

  1. O mequinho poderia ser nosso único gênio brasileiro no xadrez?

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  2. Caro Fernando, durante muito tempo pensei como Lasker e Polgar, que poderia formar através de uma educação modulada pessoas normais ou superdotadas em gênios. Pode-se atingir desempenhos excelentes com métodos de ensinos, mas nunca o padrão de gênio. O gênio não tem padrão, é difícil enquadrá-lo em qualquer conceito, talvez Piaget com seu conceito de inteligência lógica, mas nunca no conceito de inteligência múltipla de Gardner. Hoje acho que o gênio já possui à cátedra no ramo da "inteligência dom" que possui, isto é, ele nasce com o dom. Estou com a opinião de Shelby Lyman.

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  3. Caro Fernando:
    Escrevo-lhe não para opinar sobre o assunto em pauta mas para parabenizá-lo pelo Blog e principalmente, pela maneira (ou estilo) que você traz as informações!! O seu Blog é único no Brasil,e o seu TALENTO é de fácil percepção! Parabéns...

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  4. Caro Fernando, minha posição muito se assemelha à do FM Carlos Pinto, mas acrescento: o que podemos chamar de gênio nasceu com o dom potencial, mas a educação revela o dom aflorado. Quem seria Mozart se jamais tivesse conhecido o piano? Seu dom potencial não teria se aflorado. Muito me impressiona, entre todos os gênios do xadrez, o americano Harry Nelson Pillsbury. Conheceu o xadrez aos 16 anos, aos 22 venceu o torneio de Hartings 1895, derrotando, inclusive, a Emanoel Lasker.

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  5. Primeiramente, faz-se necessário uma compreensão do que é ser "gênio",coisa que é não pode ser definida com conceitos.Existem várias teórias filosóficas sobre genialidade, em contraposição,logo não há um consenso,por exemplo:Goethe foi um gênio na poesia e no entanto, mal sabia multiplicar.Hodiernamente, a teoria das inteligências múltiplas deu uma nova luz sobre esse assunto,onde segundo Gardner, existem vários tipos de inteligências e portanto,também, vários tipos de gênios.No que se refere ao xadrez,basicamente ele envolve 2 tipos de inteligência, a Espacial e a Lógico-matemática.

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