Está na hora de surgir um Emile Zola brasileiro para denunciar a falta de combatividade no xadrez nacional, principalmente quando está em jogo a conquista de norma de MI e GM. Nestes três últimos dias andei pesquisando algumas notícias sobre torneios e fiquei decepcionado. Será que tem enxadrista brasileiro com título da FIDE conquistado na base do "jogo de cartas marcadas"? Vejam um trecho do que diz em seu blog o talentoso MI Krikor Mekhitarian:"Ah, e não posso deixar de comentar a transformação de 2009, no aspecto de combatividade. O torneio mergulha na última rodada sem ter visto praticamente nenhum empate sem jogo nas primeiras mesas, cenário comum nos anos anteriores dessa mesma competição (para deixarmos tudo às claras, em 2007 ganhei as três primeiras e empatei as quatro seguintes, três delas sem jogar - o que não me permite criticar a atitude, mas a citação é sempre válida)".
Muito bem, louvo o Krikor pela coragem em dizer que empatou três partidas sem jogar. Se no xadrez profissional (ou mesmo no amador) esse é um dos caminhos para se conquistar normas de títulos perpétuos, começo a desconfirar que boa parte da história do xadrez está forjada com mestres de araque.
(Vamos continuar pesquisando)
Fernando sei muito bem do que estás falando!! O xadrez, aquele que aprendi desde os 15 anos, dos tempos de iniciação com o então professor Ivanilson (essa grande pessoa que lhe auxilia nos torneios), da época dos torneios memoráveis que você organizou (torneio na UFPB de 1988 e memorial Mikhail Tal em 1993) é e sempre será sinônimo de luta, da arte da guerra, do amor pelas táticas e finais de jogo, dos apuros de tempo, das decisões com suor ao rosto , de entrega ao mérito do intelecto. Compreendo bem quando você, que ama tanto todas as nuances do nobre jogo, fica estarrecido com tudo o que "enxerga" no ar. Também sou amante desse antigo xadrez, daquele xadrez de verdade!!
ResponderExcluirWágner Tôrres
Os abertos com a sua riqueza de "capivaras" é,sem sombra de dúvidas, o grande atrativo dos torneios -não há prêmios a dividir ou normas a perseguir. Para aqueles que erram mais do que acertam (o qual me incluo), a grande meta é não ser o último, não há razão para empates acordados!! Viva o xadrez combativo!! Um exemplo recente deste foi a partida entre Iack e Yago na semifinal, apostei todas as fichas que seria empate, pois ambos lideravam o torneio e não haveria razão para o estado beligerante, que bom que me enganei!!!!
ResponderExcluirWágner Tôrres