Crianças jogando - IX Memorial Bobby Fischer 2018
Fonte: Blog Reino de Caissa (19/03/2018)
Por Ary Born
Os que frequentam um salão de jogo de xadrez, jogadores, assistentes... sabem, e observam, a inadequação do “mobiliário" para as crianças jogadoras.
É comum vê-las se contorcendo e procurando se ajeitar para realizar o lance ou acionar o relógio. Elas não sentam, sobem na cadeira, se “empoleiram”. Surgem daí diversas situações; algumas alegres, outras tristes...
Essas situações costumam acontecer entre pais e filhos, em especial, quando ambos são jogadores.
Encontrei-me com o médico enxadrista, mestre Marco Aurélio Cordeiro, no salão onde ocorriam os jogos do floripachessopen 2020, e relembrei o episódio que ocorreu entre ele e o filho. Interrompeu-me e apontou:
“ - Olha ele ali, naquela mesa.”
Olhei e, na mesa indicada, ele não estava, não! Só que eu havia esquecido que o tempo passa... e procurava por um menino...
O episódio mencionado ocorreu em um dos saudosos torneios que faziam parte da programação da Festa da Uva, de Caxias do Sul. Ele era organizado de maneira peculiar: constava de nove rodadas. O tempo de duração de cada partida era diferenciado.
Participaram, nas diversas edições do torneio, os maiores nomes do xadrez mundial. Por sinal, um deles aparece na foto ao lado (neste blog) acompanhado de Fernando Sá Melo (ou vice-versa). Aliás, a foto deve ter causado inveja ao nosso amigo Joaquim da Esperança (ou de Esperança).
Mestre Cordeiro dividia, então, as atenções e preocupações com as partidas que estava jogando e as que o filho Yan jogava. Levantava com frequência para dirigir-se à mesa onde o menino estava. Em uma dessas oportunidades, constatou que a partida havia terminado. Examinou a posição das peças no tabuleiro. Yan perdera (certamente não por causa da inadequação da "mobília", ou quem sabe...). E resolveu questioná-lo:
“ - Filho, por que não jogou a Torre na sétima...?”
“ - Eu não alcancei, pai....”
Grande parte da sociedade brasileira não conhece o chess. E quando conhece tem medo e acha compricado , perguntando se é como damas.
ResponderExcluirNão existe melhor desenvolvimento cognitivo para as crianças e adolescentes do a prática da arte de caiada.
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