Domingo passado, Gary Kasparov (na foto com filha Aida, 2 anos, fruto do terceiro matrimônio) foi o protagonista de uma ampla reportagem dentro da série Genios, publicada no suplemento dominical Magazine, que se distribue em vinte jornais espanhois. Indagado se fazia tempo que não se encontrava com Karpov (seu maior rival do tabuleiro e de posições políticos bem diferentes), ele respondeu que há pouco mais de um ano, "quando me visitou no cárcere de Moscou. Ele protestou publicamente. Foi um gesto muito valente e nobre que nunca esquecerei. Ele segue vinculado ao sistema, apesar do sistema ser outro agora, e eu sigo sendo o rebelde. Porém que a solidariedade e o respeito de meu maior adversário tenham sido mais fortes que nossas divergências políticas é algo que me emociona".
Muito bom ter lido essa declaração. Para quem acompanhou o nível de rivalidade entre esses dois, é reconfortante saber que ela não invaiu o lado pessoal.
ResponderExcluir