(Dedico este artigo ao Mestre Anchieta Maia Filho)
40. ... Ta2 |
Quero chamar a atenção especial de dois Franciscos (e que eles desde já sejam abençoados pelo terceiro) para que possam gastar um pouco do seu precioso tempo no estudo desse final que, particularmente, me encheu de entusiasmo pela beleza que é o xadrez, pura arte na sua melhor expressão. Estou me referindo ao MF Francisco Cavalcanti e a Francisco Dantas.
A partida em questão foi jogada no Interzonal de Estocolmo 1962, entre Bobby Fischer x Lajos Portisch. Uma Caro Kann com 68 lances e vitória das brancas.
A posição do diagrama mostra o último lance das negras que foi 40... Ta2. Existe a igualdade material. Mas posicional? Será que a liberdade de ação do rei branco é maior que a do rei negro?
Imagino Fischer pensando nessa hora o melhor movimento da posição. A essa altura, o húngaro estava apertado no tempo e deve ter notado que o rei branco iria lhe dar trabalho. Portanto, pensando comigo, sinto que Fischer sabia que iria vencer. Não sei se ele sabia que o seu peão de -c- seria a joia da coroa.
Em seu livro Bobby Fischer Redescoberto, Andrew Soltis realmente se referiu a este final de jogo como um dos mais instigantes encontros de peões e peões do século XX.
Aliás, aproveito essa rara oportunidade para sugerir ao diretor do Torneio Memorial Bobby Fischer, Fernando Sá, que institua no próximo, em março de 2018, um prêmio para o melhor final. Fazendo assim, atenderá ao próprio Bobby Fischer, que reclamava do fato da maioria dos organizadores não dá um prêmio de brilhantismo para as técnicas do Endgame!
Para não me tornar enfadonho, veremos os lances restantes dessa partida e assim assistir a maestria de Bobby Fischer na condução dessa marcante e sempre lembrada vitória!
E assim seguiu: 41.f4 Te2 42.Th3 Te1 43.Td3 Tb1 44.Te3 Tb2 45.e6 a6 46.ef Rf7 47.Re5 Td2 48.Tce b6 49.f5 Td1 50.Th3 b5
Lance falho, pois enfraquece o peão c5, conforme consta no livro de Muller.
51.Th7+ Rg8 52.Tb7 bc 53.bc Td4 54.Re6 Te4+ 55.Rd5 Tf4 56.Rc5 Tf5+ 57.Rd6 Tf6+ 58.Re5 Tf7 59.Tb6 Tc7 60.Rd5 Rf7 61.Ta6 Re7 62.Te6+ Rd8 63.Rd6+ Re7 64.c5 Tc8 65.c6 Tc7 66.Th6 Rd8 67.Th8+ Re7 68.Ta8 (1-0)
Imagino Fischer pensando nessa hora o melhor movimento da posição. A essa altura, o húngaro estava apertado no tempo e deve ter notado que o rei branco iria lhe dar trabalho. Portanto, pensando comigo, sinto que Fischer sabia que iria vencer. Não sei se ele sabia que o seu peão de -c- seria a joia da coroa.
Em seu livro Bobby Fischer Redescoberto, Andrew Soltis realmente se referiu a este final de jogo como um dos mais instigantes encontros de peões e peões do século XX.
Aliás, aproveito essa rara oportunidade para sugerir ao diretor do Torneio Memorial Bobby Fischer, Fernando Sá, que institua no próximo, em março de 2018, um prêmio para o melhor final. Fazendo assim, atenderá ao próprio Bobby Fischer, que reclamava do fato da maioria dos organizadores não dá um prêmio de brilhantismo para as técnicas do Endgame!
Para não me tornar enfadonho, veremos os lances restantes dessa partida e assim assistir a maestria de Bobby Fischer na condução dessa marcante e sempre lembrada vitória!
E assim seguiu: 41.f4 Te2 42.Th3 Te1 43.Td3 Tb1 44.Te3 Tb2 45.e6 a6 46.ef Rf7 47.Re5 Td2 48.Tce b6 49.f5 Td1 50.Th3 b5
Lance falho, pois enfraquece o peão c5, conforme consta no livro de Muller.
51.Th7+ Rg8 52.Tb7 bc 53.bc Td4 54.Re6 Te4+ 55.Rd5 Tf4 56.Rc5 Tf5+ 57.Rd6 Tf6+ 58.Re5 Tf7 59.Tb6 Tc7 60.Rd5 Rf7 61.Ta6 Re7 62.Te6+ Rd8 63.Rd6+ Re7 64.c5 Tc8 65.c6 Tc7 66.Th6 Rd8 67.Th8+ Re7 68.Ta8 (1-0)
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