sábado, 10 de julho de 2010

A alegria da criatividade



" Às vezes as posições que surgem não podem ser avaliadas com base em princípios gerais, como debilidades de peões, linhas abertas, melhor desenvolvimento e etc., posto que o equilíbrio foi alterado em muitas zonas do tabuleiro, e é impossível fazer um balanço exato. A tentativa de calcular variante tampouco é suficente. É então quando vêm à nossa ajuda a intuição e a imaginação, que contribuiram com o xadrez nas mais bonitas combinações, permitindo aos jogadores experimentar a alegria da criatividade. Não é verdade que as partidas intuitivas só eram jogadas na época de Morphy, Anderssen e Chigorin, e que agora tudo se baseia nos princípios posicionais e em cálculos áridos. Estou convencido de que, inclusive nas partidas que receberam prêmios de beleza nesse torneio, nem todas as variantes estavam calculadas até o final. A intuição foi e segue sendo um dos fundamentos da criatividade enxadrística."
Essas palavras foram ditas pelo GM David Bronstein (foto), quando analisava a partida entre M. Euwe e M. Najdorf, no Torneio de Zurique, 1953 - 9ª rodada.

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